terça-feira, 24 de novembro de 2009

Carícia desesperada

Quão mais ambiciosa ficar
menos consegui ouvir seu suspeirar
Reflexões tão próximas me fizeram sentir
que tropeçar neste caminho me faria sorrir

Suas palavras, gestos e olhar
só me davam certeza do cintilante azul do mar
Pensei que fosse diferente
mas só vulgaridades habitam sua mente

Confortei meus pensamentos com o veludo das palavras
O sol está se pondo, e minuciosamente não me abraças
Na ventania do clima chegante
retornarei ao meu espírito seguro e aconchegante

Perdi os ponteiros do relógio
quando o amarelo se apagou do meu olhar
uma voz por de tras da nuca:
Espere...Espere... Já já você vai amar

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Trilha Sonora

Dava até para fazer um samba com o meu coração
Sabor intrigante, é a doce paixão
Queria devagar, nos meus braços, te guardar
mas minh'alma tão rápido, você quis desvendar

Revelações silenciosas eu teimo enxergar
mas temo que seja um simples suspirar
O seu peito queria tanto encontrar, e sorrir
para singelamente um ardente fogo surgir

No ritmo do samba, eu continuo a dançar
se certeza eu tiver que irei te provar
Espero-te aqui do outro lado da lua
enquanto para a felicidade, estou ficando nua

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Os 5 P's do Estado

Pelos passos do pagamento
percebo pontos positivos
paralelamente, porquice produtiva

Pólos parcialmente (bi)polares
Parcerias "previamente primitivas"
Para o Paizão: pura população

Povo, principal pilar
Política, principal podridão
Polêmia psicossocial: NOSSO País do coração

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Uma hora

O tic-tac mostra três e vinte da manhã
Acordada, penso no amanhã
e em um convite interno surgir
para levantar em busca de ideias a ingerir

Uma proposta sugerida dalí
fez sentido quando lí
Indaguei Beatles em vinil
Mas nada apagou meu sensível fogo hostil

Sete minutos se passaram
Nove versos se espalharam
Às 4:20, voluptuarei uma companhia
Sentir a brisa da madrugada
Eu queria

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Metade da laranja

E na beleza da ponta do lápis
que acredito que minhas dores estão cessando
Foi-se a época que as agulhas me acertavam
no gramado cintilante estou zigzagueando

Ouço Let it be
sentindo que naquela escuridão não vou mais cair
Espero outro você surgir
mas sei que sua alma voltará assim que a pulsada permitir

Já disse, volto a repetir
meus adágios são os mesmos
Agora em paz
pois sei que o amor não se pode destruir

Trufa verde sonho em saborear
Meus olhos se inundam
mas para a secura da minha boca passar
Ansiosa aqui, esperando o tempo, do meu lado, se sentar

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

4, 3, 2, 1 e ponto

Quanto mais se imunda
mais quero sair deste leito
Empurro a força do medo
Sei que estou caminhando ao relento

Meus adágios são os mesmos
mesmas lágrimas, angústias e ardor
Procurando um gole que cure continua dor

Esperancei um novo suspiro, quando um nascer do sol eu vi
Descobri um horizonte aqui, e por ventura também ali

Uma nova pétala de brilhantes, eu quero escrever e assim

Aquecer

terça-feira, 23 de junho de 2009

O Primeiro amor (leiam meu comentário)

Quando vejo, percebo que te quero
Desquero por credo do seu lero
Amor insiste, para você, ser mero
Tenha certeza, sentimento vero

Prendi a respiração e pequei
Perdi o fôlego e busquei seu ar
Achei que amei, dolorosamente errei
Estava, sozinha, a me sufocar

Posso contar que o amor que sorri
fora o mais sublime do lume
Amor insólito, só uma vez senti

Com você, degustei o sabor de amar
Seu beijo, em meu coração, faz volume
Sem você, dissolvi o dom de sonhar

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Solidão

Quero roubar um pedaço de seu tempo
para você me iluminar
e cessar meu sofrimento

Imagino-nos sem feridas
Conseguimos erguer os males e o divino
Refletimos singelos sorrisos ao canto da boca

Só a lamparina a nos iluminar
Sabemos que nos amamos
e um forte abraço não hesitamos em apertar

Quero te deitar em rosadas pétalas
e por um noite inteira, seu amor sentir
Mesmo você sendo uma utopia, sem te conhecer
sem você existir

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Flama

Hoje eu acordei
sussurrando um momento recente
Não sei se transpareceu
mas tudo parece mais reluzente

Ouvi um rugido
não sei se meu ou seu
Somos parecidos, é o que parece
Aparentemente, estou enxergando um novo eu

Olhares noturnos, nós reparamos
mas em silêncio sempre ficamos
Sem perceber, nos procuramos aos arredores
na expectativa de beber outros goles

Estou congelada por desejos
Meu coração está fechado
Mas eu já me permiti voar
sem me sentir provando do pecado

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Ação do tempo

Meus olhos já pequenos
quase não lacrimejam mais
Meu coração ainda geme
mas minha alma está em paz

Procuro na lua nova
novas luas de esperança
Atrás de uma acharei novas direções
e no reflexo das outras, espontâneas emoções

Espontâneos também foram os atos
fatos
formatos errados
Mas passou,
estamos dormindo enquanto esperamos o despertar de ser amados

Quando essa surpresa se apresentar
não surpreendentemente, lembrarei de você
com um aveludado e imensurável carinho
seja você ou não que estará me sentindo nesse novo caminho

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Sinfonia

Acredite em mim
Nossas almas voltarão
e juntos passaremos pelo mar
Aquele mesmo lugar onde as nuvens fecham o luar

Com o couro perfeito
estamos prontos para caminhar
Sem feridas repeditas
apenas com um novo desejo de sonhar

O beijo traiçoeiro não vai mais despertar
Guardei meu gosto pra você
e sei que seu sabor só em mim pode estar
Para um céu mais eterno e cristalino, hei de cavalgar

domingo, 10 de maio de 2009

Conformes

Neste anoitecer, cantei uma melodia
Não quis rimar
nem revoltar
Apenas sentir sua fantasia

Notas ao pé do ouvido, eu senti
Carinhos em minha pele, fervi
Um brilho nos meus olhos, eu mesma enxerguei
Intenso, tanto, que tão fácil chorei

Resolvi gravá-la para repetir
E ouvir o quão gostoso foi, te abraçando, cantar
Mas foi pra saber que você teve que partir
Esse refrão me parece familiar

No calar da noite, eu me calei
No fundo, você teve medo do que preparei
Continuou com seu morno não-calor
E eu com meus esperançosos cantos intensos de suave ardor

terça-feira, 28 de abril de 2009

Volições (estou no processo de criação do soneto)

Como eu queria acordar
sem ter que me preocupar.
Como eu queria namorar
sem ter que me angustiar.
Como eu queria saber
sem ter que perguntar.

Como eu queria contar
sem ter que provar.
Como que queria viver
sem ter que me prender.
Como eu queria sorrir
sem ter que hesitar.

Como eu queria correr
sem ter onde chegar.
Como eu queria seguir
sem ter que tropeçar.
Como eu queria ir
sem ter que mancar.

Como eu queria gritar
sem ninguém reclamar.
Como que queria tudo fazer
sem ter que pensar se bem você vai estar.
Como eu queria me secar
Sem ter que me molhar.

Como eu queria sorrir
sem ter que pedir.
Como eu queria sempre gemer
sem dor nenhuma sentir.
Como eu queria cantar
sem ninguém me calar.

Como eu queria chorar
sem ninguém me questionar.
Como eu queria em lágrimas nadar
sem ter certeza que vou me afogar.
Como eu queria abraçar
sem, se meu carinho é recíproco, pensar.

Como eu queria bater
sem hematomas deixar.
Como eu queria apanhar
sem ter que me bater.
Como eu queria enxergar
sem ter que reolhar.

Como eu queria gargalhar
sem sentimentos tristonhos ter.
Como eu queria sonhar
sem pensar que um pesadelo posso viver.
Como eu queria jogar
sem ter azar.

Como eu queria amanhecer
sem ter que dormir.
Como eu queria dormir
sem ter que me preocupar.
Como eu queria anoitecer
sem pensar no amanhecer.

Como eu queria feliz ser
sem ter que implorar.
Como eu queria te estudar
sem ter que me ocupar.
Como eu queria, você dentro de mim, ter
Sem ter que com você transar.

Como eu queria parar de reclamar
sem ter nunca mais o que me estressar.
Como eu queria crescer
sem ter quem me apressar.
Como eu queria roubar
sem um pedaço de você tirar.

Como eu queria acertar
sem ter que me confundir.
Como eu queria errar
sem ter que pecar.
Como eu queria matar
sem ter que testemunhar.

COmo eu queria fazer
sem sofrer por você comigo não estar.
Como eu queria me divertir
sem ter que me afastar.
Como eu queria beber
sem bêbada ficar.

Como eu queria voar
sem nenhuma interferência do ar.
Como eu queria respirar
sem ter que aliviar.
Como eu queria ajudar
sem ter que me comprometer.

Como eu queria vencer
sem ter que suar.
Como eu queria ouvir
sem ter que repetir.
Como eu queria lutar
sem nenhuma vez cair.

Como eu queria parar
sem mais palavras vomitar.
Como eu queria que você entendesse
tudo o que aqui escrevo.
Como eu queria amar
sem sofrer.

Como eu queria amar
sem TE fazer sofrer.
Como eu queria acabar
sem pôr um ponto final.
Como eu queria um "PARA SEMPRE"
sem saber que ele nunca vai chegar.

Como eu queria continuar
sem ter que continuar.
Como eu queria parar no tempo
para só com você ficar!!
Como eu queria chegar aqui
e dizer FIM.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Desreluzente tabaco

Puxo um cigarro para a turva fumaça, de seus igredientes, entrar, a fim de acalmar minha agoniada alma desencantada.
*
Ascendo um cigarro dele, numa tentativa de faze-lo me acalmar com os igredientes que seus sabores transpassam em meu momentâneo seduzido paladar.
*
Apago os dois cigarros, quando acordo do meu sonhar, onde vi que toda a externa fumaça,entre nós, quis ficar.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ilusória língua

Um pedaço de músculo
capaz de fazer um alheio chorar
com o bocado de chulos soltados no ar
Mas que também fornece o prazer de beijar

Apenas um conjunto de esferas
prontas para fazer saborear
você pode aguçar ainda mais seu experiente paladar
Soborei novamente o deleite de beijar

Duas juntas, o poder da paixão
Uma única, a triste solidão
Língua, minha, na língua sua, tesão incomparável
Língua, sua, junto à língua, outra, aversão imensurável

Aproveite o gozo que a vida te dá
a possibilidade do irrealizável poder de desejar

domingo, 12 de abril de 2009

Complexidade do frio

Passaram dias e dias
uns senti frio
outros senti calor
Não importa o clima, havia cínica neutralidade no meu interior

Antes, junto a você
estava cega a algo claro de se ver
Você dava-me um calor momentâneo
Mas eu sentia, junto a minha coberta, um frio subterrâneo

O que aconteceu?
Você era singular na minha pluralidade
e eu mais uma que você bebeu
Agora, a desculpa é o egoísta tempo para o estudo do seu próprio eu

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Meras, meros, pouco importante

O superficialismo, seu, faz o sentimento, meu, entrar em conflito com o viver, nosso.
A superficialidade das palavras, suas, propiciam o distanciamento, meu, pra cima daqueles.
O sujo ato superficial, seu, torna ruída a mais simples palavra nítida do cotidiano, meu.
Não quero mais continuar neste nosso breu.

terça-feira, 31 de março de 2009

Mistérios

A saída de um lugar
um encontrar, e te desejar
Tenho, da partida, um objetivo
que ascende o meu senso criativo

A chegada em um lugar
a princípio, tudo vem me entediar
Levanto daquele limiar
para de alguma forma prender seu olhar

A estadia naquele lugar
fez da timidez, do meu corpo, se apossar
Nossas visões tinham a mesma direção
Era certeza que aquele sereno não me tragaria negação

A despedida daquele lugar
fez a decepção mudar meu respirar
Naquele momento caí do altar

domingo, 29 de março de 2009

Vários pontos

A existência de elementos antagônicos,
qualificados por alguma conclusão,
faz-se notar assaz vontademas rara atração

A existência de escassez daquela aleivosia,
qualificada por alguma conclusão,
faz-se notar minha própria irritação

A existência de opostos adágios,
qualificados por alguma conclusão,
faz-se notar sua boa participação

A extinção da apetecida definição,
contrariando a sua citação,
não se qualifica por certas conclusões,
mas nos fez notar deveras interrogações

terça-feira, 24 de março de 2009

Topo

Cabelos encaracolados
Redondilhas pra mim
Momentos entrelaçados
Com um temporário fim

Um valor de amizade
que resurgiu no meu peito
Amor com realidade
O coração não vê defeito

Sobre santidade, eu não sei
Mas na escuridão, eu nunca estarei

No significado, você pode ser prata
Em ti estarei sempre harmoniosamente atada
Mas no meu interior... Completamente ouro
Enfim, reencontrei um eterno tesouro

segunda-feira, 23 de março de 2009

Distúrbios de uma mente de lembranças

Cá estou, pra lá e pra cá
sentindo que o Sol logo chegará
A escuridão do dia me faz lembrar
Seu toque na mina face, e o meu suspirar

Continuo aqui, indo e voltando
Mas você chegou, já me esquentando
A luz do dia me fez lembrar
Seu luminoso sorriso no meu olhar

Você está ai, parado no seu lugar
esperando algo sentir, quando a aura passar
E o por-do-Sol te fez lembrar
o quanto, aquele dia, não queríamos nos separar

domingo, 22 de março de 2009

Enamorada

Quando a vida quer amor
Vem a mim a negação
Meu coração sente um ardor
Mas o equilíbrio só o não

A imagem impressa no oral
O sentido impresso no verbal
De ti anseio a aleivosia
E não apenas aquela fantasia

Sou a fragilidade do seu destino
o medo do seu caminho
Distante somos diferentes
Mas juntos, demasiadamente quentes.

terça-feira, 17 de março de 2009

None

Amor sem vermelho
Tenho um vácuo limitado
Como um fogo morto

domingo, 15 de março de 2009

Minha espera

Vem! Vamos embora!
Contigo quero estar
Arrancar alguns sorrisos
e ensinar a interpretar.
Quem sabe não espera acontecer.

Vem! Vamos embora!
Não vou mostrar a me esquecer
Vem! E vem agora,que eu quero amar você.
Quem sabe não espera acontecer.

Amiúde quero seu saber,
que saberá sanar passado
e construir amanhecer.

À você, um 'psiu', que aprendi com o luar
um 'psiu' de adoração...
Ah! Vem me amar!

Vem! E não demora,
eu quero te saborear.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Amanhã de manhã

Acordar, expreguiçar, abrirá
Sua alma desflora sem pensar
Minha vida desperta num olhar
Bailar, cansar, observará

Renascimento de um amanhã... Prolongar
Quando a vista é fumaça... Turvará
Você, pra mim, descansará
Mas amanhã de manhã, quero te tocar

sábado, 7 de março de 2009

Caixeiro Viajante

Cada um com suas fases
E a alegria já se foi
Eu espero esta passar
Em alhures me largou

Meu medo de me perder
E não sentir a brisa da volta
Eu espero aqui ficar
Em agonia e revolta

Não sabemos o que plantamos
Seu amor, nosso semblante
Eu espero a máscara da felicidade
Sou um caixeiro viajante

quinta-feira, 5 de março de 2009

Brisa

O meu andar
passo-a-passo sem pensar
Com um ponto de chegada
corre-corre, atorduada

O Sol a me iluminar
a música, me relembrar
Seu beijo, no meu paladar
Minha memória a te guardar

Quero um, quero dois, quero três
quero tudo de uma vez
Espero você entrar
para a conquista continuar

Sexta -feira vai chegar
Ansiedade, me queimar
Num segredo, te beijar
Você vai me refrescar

quarta-feira, 4 de março de 2009

Beyond the sky

Olhando o além
Onde a vida quer paixão
Meu céu me espera

terça-feira, 3 de março de 2009

14 de Março de 2008

Ao ver cair a chuva
Adágios voltam pra lá
Teus olhos me secam

segunda-feira, 2 de março de 2009

Olhos que traduzem a incerteza de continuar, este é o espelho da alma.

Cruze meus dedos, rapaz. Já não tenho força para isso.
Quando minha voz voa, sem interferência nenhuma e chega aos ouvidos de quem ama, a satisfação aparece à minha alma. Agora, se minha voz ecoa no ar, o desespero chega em mim, porém é mais confortável pensar que meu estado pode sair do avesso.
A esperança, na verdade, não é nada mais que o pleno desespero que seu espírito se encontra amiúde.
A esperança é aquela que, por último, morre. A sensação de insatisfação, ou desespero, ou inutilidade de não saber o quê fazer, também estará beirando sempre ao seu lado, então.
E agora, rapaz? Me responda... Minha esperança tem fundamentos? Há necessidade de estar esperançosa? Ou posso simplesmente a jogar num pano de guardar confetes?