terça-feira, 1 de setembro de 2009

Uma hora

O tic-tac mostra três e vinte da manhã
Acordada, penso no amanhã
e em um convite interno surgir
para levantar em busca de ideias a ingerir

Uma proposta sugerida dalí
fez sentido quando lí
Indaguei Beatles em vinil
Mas nada apagou meu sensível fogo hostil

Sete minutos se passaram
Nove versos se espalharam
Às 4:20, voluptuarei uma companhia
Sentir a brisa da madrugada
Eu queria

3 comentários:

  1. Fala, menina.

    Muito bom a noção de tempo passando enquanto o poema nasce. E o texto solto, simples, direto.

    Quando eu crescer vou escrever assim.

    rsrs.

    Felipe.

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  2. É um relato da simplicidade da madrugada. Ao mesmo tempo que cheia de mistérios e provocações, tudo se simplifica quando pensando no "estar sozinho" (não pela solidão, de fato, mas pelo sentimento do eu como um ser pensante),de maneira a deslumbrar a madrugada enquanto o tempo vai passando. E nada melhor que um texto simples, com um gostinho de reticências no final. Não é um dos meus textos mais bonitos, mas dou valor pelo momento, pelas palavras terem deslizado do lapis pro papel!
    É isso!
    Obrigada mais um vez Felipe! Sempre com ótimos comentários!!

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  3. Esse texto tem tantas coisas escondidas nas entrelinhas... algumas metáforas nos fazem viajar em pensamentos volumosos. Cheios de significados onde parece haver apenas o vazio.
    me peguei pensando e analisando o "sensível fogo hostil". Simples, inerente ao ser humano e paradoxal. Algo bonito e perigoso ao mesmo tempo...

    fazia mto tempo q eu não entrava na net p ler... e não me arrependi de tê-lo feito.

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