terça-feira, 28 de abril de 2009

Volições (estou no processo de criação do soneto)

Como eu queria acordar
sem ter que me preocupar.
Como eu queria namorar
sem ter que me angustiar.
Como eu queria saber
sem ter que perguntar.

Como eu queria contar
sem ter que provar.
Como que queria viver
sem ter que me prender.
Como eu queria sorrir
sem ter que hesitar.

Como eu queria correr
sem ter onde chegar.
Como eu queria seguir
sem ter que tropeçar.
Como eu queria ir
sem ter que mancar.

Como eu queria gritar
sem ninguém reclamar.
Como que queria tudo fazer
sem ter que pensar se bem você vai estar.
Como eu queria me secar
Sem ter que me molhar.

Como eu queria sorrir
sem ter que pedir.
Como eu queria sempre gemer
sem dor nenhuma sentir.
Como eu queria cantar
sem ninguém me calar.

Como eu queria chorar
sem ninguém me questionar.
Como eu queria em lágrimas nadar
sem ter certeza que vou me afogar.
Como eu queria abraçar
sem, se meu carinho é recíproco, pensar.

Como eu queria bater
sem hematomas deixar.
Como eu queria apanhar
sem ter que me bater.
Como eu queria enxergar
sem ter que reolhar.

Como eu queria gargalhar
sem sentimentos tristonhos ter.
Como eu queria sonhar
sem pensar que um pesadelo posso viver.
Como eu queria jogar
sem ter azar.

Como eu queria amanhecer
sem ter que dormir.
Como eu queria dormir
sem ter que me preocupar.
Como eu queria anoitecer
sem pensar no amanhecer.

Como eu queria feliz ser
sem ter que implorar.
Como eu queria te estudar
sem ter que me ocupar.
Como eu queria, você dentro de mim, ter
Sem ter que com você transar.

Como eu queria parar de reclamar
sem ter nunca mais o que me estressar.
Como eu queria crescer
sem ter quem me apressar.
Como eu queria roubar
sem um pedaço de você tirar.

Como eu queria acertar
sem ter que me confundir.
Como eu queria errar
sem ter que pecar.
Como eu queria matar
sem ter que testemunhar.

COmo eu queria fazer
sem sofrer por você comigo não estar.
Como eu queria me divertir
sem ter que me afastar.
Como eu queria beber
sem bêbada ficar.

Como eu queria voar
sem nenhuma interferência do ar.
Como eu queria respirar
sem ter que aliviar.
Como eu queria ajudar
sem ter que me comprometer.

Como eu queria vencer
sem ter que suar.
Como eu queria ouvir
sem ter que repetir.
Como eu queria lutar
sem nenhuma vez cair.

Como eu queria parar
sem mais palavras vomitar.
Como eu queria que você entendesse
tudo o que aqui escrevo.
Como eu queria amar
sem sofrer.

Como eu queria amar
sem TE fazer sofrer.
Como eu queria acabar
sem pôr um ponto final.
Como eu queria um "PARA SEMPRE"
sem saber que ele nunca vai chegar.

Como eu queria continuar
sem ter que continuar.
Como eu queria parar no tempo
para só com você ficar!!
Como eu queria chegar aqui
e dizer FIM.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Desreluzente tabaco

Puxo um cigarro para a turva fumaça, de seus igredientes, entrar, a fim de acalmar minha agoniada alma desencantada.
*
Ascendo um cigarro dele, numa tentativa de faze-lo me acalmar com os igredientes que seus sabores transpassam em meu momentâneo seduzido paladar.
*
Apago os dois cigarros, quando acordo do meu sonhar, onde vi que toda a externa fumaça,entre nós, quis ficar.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ilusória língua

Um pedaço de músculo
capaz de fazer um alheio chorar
com o bocado de chulos soltados no ar
Mas que também fornece o prazer de beijar

Apenas um conjunto de esferas
prontas para fazer saborear
você pode aguçar ainda mais seu experiente paladar
Soborei novamente o deleite de beijar

Duas juntas, o poder da paixão
Uma única, a triste solidão
Língua, minha, na língua sua, tesão incomparável
Língua, sua, junto à língua, outra, aversão imensurável

Aproveite o gozo que a vida te dá
a possibilidade do irrealizável poder de desejar

domingo, 12 de abril de 2009

Complexidade do frio

Passaram dias e dias
uns senti frio
outros senti calor
Não importa o clima, havia cínica neutralidade no meu interior

Antes, junto a você
estava cega a algo claro de se ver
Você dava-me um calor momentâneo
Mas eu sentia, junto a minha coberta, um frio subterrâneo

O que aconteceu?
Você era singular na minha pluralidade
e eu mais uma que você bebeu
Agora, a desculpa é o egoísta tempo para o estudo do seu próprio eu

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Meras, meros, pouco importante

O superficialismo, seu, faz o sentimento, meu, entrar em conflito com o viver, nosso.
A superficialidade das palavras, suas, propiciam o distanciamento, meu, pra cima daqueles.
O sujo ato superficial, seu, torna ruída a mais simples palavra nítida do cotidiano, meu.
Não quero mais continuar neste nosso breu.